Rio de Janeiro 1937-2014
REALIZADOR (9 filmes)
VAI TRABALHAR VAGABUNDO! (1973)
Filme de Hugo Carvana
EB 03 12 1973
Hugo Carvana estreou-se na realização com uma boa comédia que ficou para a história, embora para muitos o título remeta de imediato para o grande Chico Buarque, que compôs para este filme a canção-título e Flor da Idade. Para mim, as duas canções de Chico e a trilha dele e de Roberto Menescal são o melhor do filme. Um homem sai da prisão e volta logo para a sua vida de vagabundo, vivendo à custa dos outros, sobretudo das mulheres. O seu objetivo é conseguir dinheiro fácil enganando algum rico desprevenido (neste caso, um português). As mulheres são todas belas (Odete Lara, Zéze Mota, Valentina Godoy), os homens desmazelados e feios... um bocado na linha da comédia clássica Feios, Porcos e Maus (1976). Este filme, com argumento de Carvana e Armando Costa, apresenta uma das figuras centrais da cultura brasileira, a do malandro que sobrevive graças ao "jeitinho brasileiro". Entretanto o país mudou e suponho que tudo isto é visto de forma muito diferente, talvez mesmo de forma crítica. Melun 2020 TV 3/5
FESTIVAL DE GRAMADO 1974 Melhor Filme PRÊMIO AIR FRANCE 1973 Melhor Filme INSTITUTO NACIONAL DE CINEMA 1973 Prêmio Coruja de Ouro FESTIVAL DE MESSINA Melhor Argumento, Melhor Música - Chico Buarque de Holanda e Roberto Menescal FESTIVAL DE TAORMINA Melhor Filme de Estreia
Se Segura, Malandro! (1978)
BAR ESPERANÇA (1983)
Bar Esperança, o Último que Fecha, de Hugo Carvana, é uma comédia de grupo, geracional, que fixa um momento da sociedade brasileira, nos últimos anos da ditadura. Apresenta muitos atores marcantes desses anos, da televisão mas também do cinema, que aliás interpretam artistas, uns mais instalados do que outros, mas todos precisando da amizade de uns dos outros à mesa de um bar tradicional carioca. É uma comédia bem brasileira, que celebra a amizade, o afeto fácil, a cumplicidade, aspetos identitários do Brasil ou pelo menos que muitos estrangeiros associam ao Brasil. Os protagonistas, interpretados de forma sublime por Carvana e pela impagável Marília Pera, formam um casal com filhos que vivem uma história de amor de invejável solidez mas que é perturbada pela instabilidade profissional do marido, um escritor frustrado. Há muitas coisas maravilhosas neste filme, como certas personagens e a importância da música na vida delas. Ouvimos o brock mas sobretudo a MPB, no caso Meu bem, meu mal, de Caetano Veloso, cantada pelo compositor, por Carvana e por Marília. Paris 2017 Cinemateca 4/5
Vai Trabalhar, Vagabundo II: a Volta (1991)
O Homem Nu (1997)
Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria (2003)
CASA DE MÃE JOANA (2008)
Realização de Hugo Carvana
Os brasileiros continuam a apostar nas comédias sexuais, mas sem a frontalidade das pornochanchadas dos anos 70. Comédias sexuais para toda a família, digamos. Em A Casa da Mãe Joana, três amigos, para não perderem o apartamento, têm de satisfazer as fantasias sexuais mais absurdas de coroas que os procuram. O roteiro garante uma sucessão de papeis para os atores e as atrizes da Globo brilharem. Mas o resultado não é melhor do que as novelas. Melun 2020 (2,5/5)
A Casa de Mãe Joana (Hugo Carvana, 2008), produzido por Martha Alencar (Globo Filmes), roteiro de Paulo Halm, com José Wilker, Paulo Betti, Antônio Pedro, Pedro Cardoso, Juliana Paes, Laura Cardoso, Fernanda de Freitas, Cláudio Marzo, Agildo Ribeiro e Malu Mader.
Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo! (2011)
Casa da Mãe Joana 2 (2013)